Lembro-me que o Orkut começou a virar febre em 2004. Nessa época, a rede era fechada. É difícil de acreditar, mas as pessoas achavam o máximo ganhar um convite para participar do site. Eu ingressei um pouco mais tarde, em 2005, e saí distribuindo convite para todo o meu catálogo de endereços do finado Outlook Express. Até quem havia me enviado spam ganhou o dito cujo. Luh_manhosa@uol.com, com suas fotos ao passo de um clique e bradesco@bradescu.com, com seus importantes avisos de cancelamento de conta em 24h que o digam... Rio sozinho quando me lembro da empolgação das pessoas em entrar no seleto clube azul.
Podemos dividir a história do site
De fato, o Orkut deixou de ser cool, se é que já foi um dia. Não sei se alguém percebeu, mas as pessoas começaram a diminuir o número de comunidades que pertenciam. Gente que estava em 1000 comunidades, só pelo valor simbólico do número mesmo, deve ter tido um árduo trabalho.
Depois, começaram a minimizar os perfis. Quem não se lembra dos indivíduos que colocavam listas e mais listas de filmes que gostavam? Eu sempre dava um back. Posteriormente, passaram a restringir seus perfis. Escolher quem podia ver suas fotos e quem podia te mandar recado começou a virar modinha.
Hoje, o que ocorre é que as pessoas restringiram tanto seus perfis, que talvez o site tenha perdido um pouco seu sentido. Se antes podíamos encontrar pessoas que não víamos há tempos, hoje, até podemos encontrá-las, mas talvez não seja possível mandar um recado sequer. Ver se elas ficaram mais feinhas ou não, ou seja, ver suas fotos, então, nem pensar.
Sim, acredite, o maior site de relacionamento do Brasil está
Para quem está por fora, o gigante das buscas resolveu devolver o glamour de 2004: agora, o convite passou a ser necessário novamente. Todos nós sabemos que o Orkut se transformou em um celeiro de fakes e no exemplo vivo da inclusão digital no Brasil. Mas, será que peneirar os usuários vai surtir algum efeito?
Pra mim, a essência do Orkut vai continuar a mesma. Deletei.